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    sábado, 11 de dezembro de 2010

    Isso é pra quem pode, não para quem quer

    Tenho certeza que algumas pessoas já escutaram essa frase. E quando isso aconteceu provavelmente foi pelo fato de tentar fazer alguma coisa na qual ainda não possui excelência exigida por quem solta essa frase (ou seria uma espada afiada?). E quem normalmente fala isto é porque tem a tal excelência ou acha que tem ou então é exigente mesmo!!! (Tg 3:6 A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso ser. Com o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda a nossa vida em chamas.)

    De qualquer forma, quero alertar aqueles que ouvem esta frase, pois ela não tem nada a ver com os princípios cristãos

    -
    Quer dizer que se hoje eu não posso fazer algo, por falta de alguma habilidade, não adianta eu querer? NADA DISSO!! Querer é o início da mudança (Fp 3:13 É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente)
    - Só teremos o poder de fazer algo com excelência se quisermos primeiramente
    - Só chegaremos a excelência tentando e errando (2Co 3:18 Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito.)
    - Não nos abatermos com críticas, sejam elas pesadas ou não. Sempre podemos tirar alguma lição (Pv 10:17 Aquele que aceita ser repreendido anda no caminho da vida, mas quem não aceita cai no erro.)
    - Nunca desistir (Js 1:9 Lembre da minha ordem: “Seja forte e corajoso! Não fique desanimado, nem tenha medo, porque eu, o SENHOR, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for! ”)

    E por fim, a palavra final de esperança está em Rm 12:14: "Peçam que Deus abençoe os que perseguem vocês. Sim, peçam que ele abençoe e não que amaldiçoe"

    quarta-feira, 24 de novembro de 2010

    Ensaio sobre o legalismo

    Ao ler algumas folhas de "Maravilhosa Graça", de Philip Yancey, achei interessante destacar alguns aspecto do legalismo para que façamos nossa análise pessoal:

    1 - muitas vezes tocamos uma música no piano, ficamos tão atentos para não errar mas não prestamos atenção na essência da mesma. Desta forma, seguimos as instruções da Bíblia por medo, encarando-as como regras que definem o quanto serei próximo de Deus e quanto Ele gostará de mim. O objetivo principal, que era ser amado por Deus e conhecê-lo, fica em segundo plano

    2 - tende a priorizar coisas exteriores e secundárias, criando uma máscara, ao invés de se preocupar com o interior e com a essência, que leva mais tempo para se adequar

    3 - seguir as regras somente para cumprir um protocolo traz escravidão ao invés de trazer liberdade através da disciplina. Assim, cria-se a cultura que o cristão
    não poder beber quando na verdade ele pode mas escolhe fazer isto de forma moderada ou não fazer para desfrutar o que de melhor Deus tem pra ele. A escravidão nos incentiva a cumprir regras por medo; a liberdade incentiva por amor

    4 - o legalismo nos distancia de Deus, sendo que o foco dEle e o principal é que nos
    aproximemos. O legalismo não permite que assumamos que somos falhos, mas nos faz pensar que somos superiores, anulando a graça que possibiltaria a liberdade e uma maior proximidade de Deus

    E continuem seguindo o alvo, que é Cristo

    Somos aceitos - Parte 2

    Olá pessoal,

    Gostaria de complementar o post anterior com dois textos muito interessantes:

    1 - "Fantasmas não existem": este texto nos incentiva a descobrir Deus por nós mesmos

    2 - "Salvação, Expiação, Liberdade e Cura": destaco o trecho "Deus nos aceita mediante a fé em Jesus, apesar de sermos inaceitáveis. Assim, nossa obra é simplesmente aceitar ser aceito. Geralmente as pessoas têm senso de reivindicação. Isto ocorre por pensarem que possuem méritos. Assim, onde houver méritos haverá reivindicação."

    Boa leitura


    segunda-feira, 22 de novembro de 2010

    Somos aceitos

    A definição de voz passiva e voz ativa é importante no Evangelho para posicionar o homem no seu lugar. Deus não pode ser nosso mordomo, e sim o contrário. Por isso, acho importante esclarecer a direção de relacionamento entre o homem e Deus.

    Começo com 1Jo 4:19, onde diz que
    "Nós amamos porque Deus nos amou primeiro.". Assim, a iniciativa e o convite foi de Deus. Imagine que você convide um familiar para uma festa. O familiar foi convidado (voz passiva) e ele pode aceitar ou não. Se ele não aceitar, automaticamente ele rejeitou, e quem perdeu de ir na festa foi ele pois a festa vai haver independente da presença dele ou não. Se o familiar aceitar, ele desfrutará da festa e honrará o convite que lhe foi feito e posteriormente aceito. Em Ap 3:20, há algo bem semelhante: "Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos.". Vejam que não foi o familiar que aceitou você, mas ele aceitou seu convite, sua iniciativa em convidá-lo.

    O mesmo ocorre com um pedido de desculpas. Alguém faz o pedido, que pode ser
    aceito ou rejeitado. Continuando a analogia de bater a porta, vejamos o que diz em Lc 11:9: "Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês.". Tendo como base Rom 3:23: "Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.", é coerente que o ser humano busque e peça a reconciliação com Deus, para depois ser aceito.

    Outro agente desta reconciliação é o Espírito Santo, tal como dito em Fp 2:13:
    "Pois Deus está sempre agindo em vocês para que obedeçam à vontade dele, tanto no pensamento como nas ações." e Jo 16:8: "Quando o Auxiliador vier, ele convencerá as pessoas do mundo de que elas têm uma idéia errada a respeito do pecado e do que é direito e justo e também do julgamento de Deus.". Como resultado disso, desfrutamos da presença de Deus, ainda que não seja completa pois seus mistérios ainda não foram totalmente revelados (1Co 13:12: "O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus").

    As referências em Rm 3:20; Rm 4:2-3, 9, 11, 13, 22-25 corroboram com a afirmação de que
    somos aceitos por Deus pela fé, que inclusive é Ele quem proporciona a nós, quando O buscamos de todo o coração.

    O perigo de achar que aceitamos Jesus é pensar que Ele está à nossa disposição a qualquer hora para qualquer pedido. Precisamos nos colocar no nosso lugar e reconhecê-lo como Senhor, e não somente como Salvador.

    segunda-feira, 8 de novembro de 2010

    Tá todo mundo louco

    Talvez quem olhe o mundo cristão de fora da igreja vai imaginar que esse povo é um bando de loucos: adoram a um deus invisível, cantam, doam parte dos rendimentos, dizem que falam com Deus e no final todos vamos morrer.

    E eu me pergunto: será que alguém seria tão louco de se entregar a Deus, mudar sua vida só por medo, sendo que antes disso vivia sem Deus e sem temor disso? Por acaso pode Deus mentir? A Bíblia é um livro de mentiras?

    Em Hb 5, são enumerados motivos para a nossa imaturidade e desconfiança:
    Heb 5:13 E quem precisa de leite ainda é criança e não tem nenhuma experiência para saber o que está certo ou errado.
    Heb 5:14 Porém a comida dos adultos é sólida, pois eles pela prática sabem a diferença entre o que é bom e o que é mau.

    Mas em Mt 6, 33 temos a referência de que precisamos: "Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas."

    sexta-feira, 29 de outubro de 2010

    Regras, liberdade e o pecado

    Muito se questionam os limites e regras comentados no meio cristão. Diz-se que eles limitam a vida das pessoas, que causam repressão, que querem controlar a vida dos outros. Tirando o fato de que qualquer benefício pode ser usado para o mal, creio que poucas pessoas pensam no rumo de suas vidas e se deixam engolir pelo dia-a-dia, vivendo conforme as situações as levam. Muitos pensam que o pecado tira a nossa liberdade (não se pode fazer isso, aquilo, etc), já eu vejo, pela Palavra, que o pecado nos dá a liberdade...de escolher fazer a coisa certa

    Por isso mesmo é importante ter referências e limites, sem os quais andamos em círculos na vida. Um bom exemplo é o trânsito. Tal qual a vida cristã, o trânsito tem regras e muitos acham que elas devem ser respeitadas, pois sabem que há um propósito por trás de cada regra. Por que então seria diferente com a vida cristã? Entretanto, o peso do julgamento é outro.

    Também acho exagerado falar em repressão, pois existem várias coisas que sabemos que não devemos fazer, embora exista a vontade de fazer somente para deixar "vazar" a raiva. Por que é diferente na vida cristã?

    Como se vê, limites e regras existem em todo o lugar, mas creio que o importante seja conhecer o porquê e o propósito. É isso que motiva as pessoas a terem disciplina. Com o conhecimento, vem a obediência. Além disso, Deus não nos criaria sem propósito, certo? Muitos acham que Ele nos abandonou neste mundo por causa das dificuldades mas as dificuldades são justamente o megafone de Deus para o ser humano, para que ele deixe de viver pra si mesmo.


    segunda-feira, 18 de outubro de 2010

    O problema do conhecimento

    No momento atual, com a internet, não é mais tão difícil obter conhecimento. Entretanto, conforme afirmado em Lc 12, 48 "Assim será pedido muito de quem recebe muito; e, daquele a quem muito é dado, muito mais será pedido". O excesso de conhecimento traz distração e indecisão, mas a falta de conhecimento nos põe em risco de ser enganado perante a situações e pessoas. Desta forma, o equilíbrio e a sabedoria de Deus são os requisitos que precisamos para dosar a influência do conhecimento nas nossas atitudes.

    O Evangelho por si só já traz um grande conhecimento: o da natureza pecaminosa humana. E a partir disso a decisão do homem pode ser tanto rejeitar o Evangelho como aceitar viver conforme ele propõe e obter a vida abundante que ele promete. E ainda há a classe daqueles que conheceram a Palavra, desfrutaram dela e a rejeitaram. Tais pessoas têm o conhecimento, sabem das conseqüências e ainda assim, não conseguem tomar a atitude que esperam de si mesmas (2Pe 2,20).

    O Espírito Santo que habita em cada nova criatura também nos traz conhecimento: o do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16,8) e esse conhecimento também requer uma atitude (1Jo 3, 18). Porém, o cristão sempre está em processo de santificação, tentando largar os velhos hábitos e dar lugar àquilo que Cristo ensina para nossa vida e nem sempre estamos decididos a mudar aquilo que precisa ser mudado. Nem por isso Deus nos ama menos, mas por isso mesmo Ele nos ama, para corrigir (Hb 12, 5)

    A soberba é outra problema do conhecimento. Por vezes, nos consideramos bons demais perante aqueles que não têm o mesmo entendimento e começamos a segregar ao invés de aproximar. Com toda certeza não é isso que Deus planejou para suas criaturas e este tipo de atitude só nos leva para longe dele (imagine se todos agissem assim), tal qual Pv 8, 13. Quanto mais conhecimento se adquire, é possível que passemos a não concordar com coisas que antes eram indiferentes para nós, mas o problema disso é quando a intolerância se une com a soberba. Devemos ser sim intolerantes e bereanos (At 17, 11) com preceitos que são contrários à Palavra, mas a diferença é como reagiremos a isso. Além disso, é importante classificar aquilo que não é importante para que o essencial não se perca por causa do detalhe do conhecimento adquirido (Ec 1,18: "Quanto mais sábia é uma pessoa, mais aborrecimentos ela tem; e, quanto mais sabe, mais sofre").

    Creio que a resposta para o conhecimento que temos já foi elucidada no texto. E tal resposta está na Palavra. Cada situação demonstrada acima possuía uma referência no nosso manual de vida, a Bíblia e este conhecimento não tem preço


    terça-feira, 5 de outubro de 2010

    Pensando demais no "eu"

    Hoje em dia não é raro que as pessoas julguem a igreja como uma instituição que quer mandar no pensamento alheio, que não quer que as pessoas pensem por si próprias, que ela só serve para ditar regras à vida das pessoas. Poucos consideram a igreja como a instituição de Deus aqui na Terra (e esse é o papel que ela deve exercer).

    Não vou aqui questionar as razões de as pessoas tirarem estas conclusões, mas não vou abrir mão do propósito de Deus para a igreja e para a vida de todos. O ser humano tende a pensar demais em si mesmo, em querer sempre tomar as decisões por si mesmo, sem depender de ninguém. Porém, ele não percebe que isso não é possível e continua tentando "dar murro em ponta de faca". A Bíblia fala que "Sem conselhos os planos fracassam, mas com muitos conselheiros há sucesso" (Pv 15:22)

    Deus dá chance a todos (1Tm 2:4 Ele quer que todos sejam salvos e venham a conhecer a verdade) e Ele com certeza prefere que escolhamos a vontade dEle, pois ela é superior à nossa. Sim, pensamos que sabemos conduzir nossa vida, mas não sabemos. Veja o que diz Lc 9, 24-25: "Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser destruído?".

    Precisamos entender que a palavra final sobre a nossa vida não depende de nós, mas ainda assim Deus nos permite várias escolhas, cujo limite são a sua vontade soberana. Somente quando negamos nossa própria vida podemos desfrutar daquilo que seria o plano de Deus para nós. Sim, é necessário experimentar para depois dizer o que é a vida que eu vivo e a vida que Deus quer que eu viva. Negamos nossa vida para viver algo melhor, com a plenitude de Deus. Só assim poderemos dizer tal qual Paulo em Gal 2:20: "Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim."

    Por fim, saibamos que não temos luz própria, que nossos talentos advêm de um Criador e não do acaso. Afinal, se o mundo reside no acaso, pra que fomos criados com tantos talentos e características distintas?

    sábado, 18 de setembro de 2010

    Mude antes que for preciso

    "Eu nasci assim, vou morrer assim?" deve ser uma pergunta que muitas pessoas se fazem, principalmente aquelas que acham que não têm forças para mudar. E é mais do que normal ouvir pessoas dizerem que se arrependem de alguns atos, mas que não têm mais como mudar, já foram longe demais, estão velhas demais. Eis a boa notícia: elas não têm razão, existe esperança inclusive para elas!

    Não precisamos ficar refém do passado, da auto-piedade, apesr de muitas vezes achar que isso é o mais correto. Nós, como seres humanos limitados, achamos correto ficar lamentando das coisas que dão e fazemos errado como forma de nos auto-punir por aquilo que não está correto, já que não conseguimos consertar as coisas.

    Porém, Jesus não morreu numa cruz para que ficássemos preso ao passado. Ele inclusive fala que, quando os confessamos de coração, Ele não se lembra mais deles e os joga no mar do esquecimento. Se, durante grande parte da nossa vida, nosso passado apenas nos condena e nos traz más lembranças, precisamos ter a consciência que podemos viver em plenitude os dias de vida que nos restam. Afinal, a vida é um presente, nem todos a têm ou nem todos têm tanto tempo para fazer o que desejam (haja vista que a todo momento há mortes, e isso sempre gera tristeza porque foram vidas abreviadas).

    E qual a solução? Ora, se sabemos onde erramos, agora basta tomarmos uma atitude quanto àquilo. Evitar repetir o erro mas, se repetir, não se condenar, pois somos falhos. Muitas pessoas sabem que têm força para mudar, mas falta a atitude de dizer pra si mesma "não vou permitir a mim mesmo viver uma vida medíocre, vou mudar antes que seja preciso". Vale mais a pena aprender com os erros alheios, isso é sabedoria. E, pra facilitar, existe um livro de ótimas instruções chamado Bíblia. Quando percebermos quão importante são as nossas atitudes, daí sim priorizaremos uma mudança. Não nos enganemos, sabemos que podemos mudar, mas só priorizamos isso quando percebemos que isso é importante.

    Pv 9, 12: "Se fores sábio, para ti sábio serás; e, se fores escarnecedor, tu só o suportarás."

    quinta-feira, 19 de agosto de 2010

    Justiça nada tem a ver com perdão

    Particularmente não creio num deus perfeccionista, que condena suas criaturas por qualquer deslize que elas cometam. Mas também não creio num deus que aceita tudo e se conforma com o estado de suas criaturas. Pode até ser um paradoxo, mas esse deus pede que sejamos imitadores de Jesus, que não pecou, mas dá o "remédio" do perdão às suas criaturas que, ao falharem (e sempre falharão), possam se arrepender verdadeiramente e voltar ao caminho.

    Conforme Philip Yancey, no seu livro "Maravilhosa Graça" (p. 79), o perdão não é um ato natural e por muitas vezes preferimos acalentar feridas, percorrer longas distâncias para racionalizar nosso comportamento, perpetuar brigas familiares, punir nós mesmos e aos outros: tudo para fugir do perdão. Como podemos esperar misericórdia se relutamos em concedê-la? Como podemos falar do perdão de Deus se o recebemos mas não o partilhamos com aqueles que nos chateiam e ofendem?

    O perdão é o ponto central da fé cristã. Para que houvesse a justiça de Deus, era necessária a morte de Jesus como expiação dos nossos pecados. O perdão estava estabelecido. Isso parece contraditório com o título deste post "Justiça nada tem a ver com perdão", mas não é. Deus não precisava perdoar, mas Ele preferiu estabelecer o perdão dos nossos pecados. Em geral, ninguém precisa perdoar uns aos outros, mas destruirão a ponte pela qual todos têm de passar para viver a vida que Deus preparou para nós. Sempre que perdoamos alguém, rasgamos qualquer cobrança de justiça sobre a causa perdoada. Perde-se o direito de cobrar por alguma punição em nome do amor que Jesus estendeu a todos sem exceção e demonstrou como a solução da distância entre Deus e a humanidade.

    Por fim, termino com uma frase do teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer: "Jesus não prometeu que quando abençoarmos os nossos inimigos e lhes fizermos o bem eles não abusarão de nós nem nos perseguirão. Certamente o farão. Mas nem isso pode nos ferir ou vencer, quando oramos por eles. Estamos fazendo vicariamente o que eles não podem fazer por si mesmos".

    quarta-feira, 18 de agosto de 2010

    Quando a coisa não anda

    Há momentos em que queremos muito que uma situação tome um outro rumo, temos saudades dos tempos em que tudo estava no seu lugar (embora não notássemos e não agradecêssemos por isso), fixamos nosso pensamento nisso e tentamos de toda forma fazer aquilo acontecer.

    Pois bem, força de vontade não basta. Isso parece fatalista, certo? Do tipo "poxa, então não tem solução, só com esforço sobre-humano". Na verdade não, pois tendemos a focar nossos esforços naquilo que não podemos alterar. Assim, quando a coisa não anda:

    - mesmo que oremos, foquemos nossos esforços na situação, nos sentimos perdidos pois tendemos a focar mais no problema do que na atitude da solução
    - sabemos o que tem que fazer, mas nos sentimos sem forças, porque confiamos na nossa força e não no poder de Deus
    - ficamos decepcionados conosco, pois sabemos que poderíamos nos doar e fazer mais do que estamos fazendo, mas preferimos o caminho da lamentação, auto-piedade e murmuração
    - somos tomados pelo negativismo, pois como queremos a solução imediata e ela não acha, achamos que nada vai dar certo
    - ficamos andando em círculo ao redor do problema e suas causas, ou nos culpando ou não admitindo que tal situação nos atingiu
    - criamos uma pressão acima do normal sobre nós mesmos, ficamos exigentes, aumentamos a auto-cobrança, enfim uma reação exagerada a um fracasso normal da vida
    - ficamos cegos e não enxergamos as coisas como Deus enxergaria, deixando de apreciar a vida como ela deveria ser apreciada
    - ficamos cansados de tudo, tudo irrita, aquilo que nos dava alegria já não dá mais

    Em resumo, quando a coisa não anda, tendemos a focar somente nos problemas, nas lamentações e a solução é nos achegarmos a Deus e transformarmos a energia da lamentação em energia para atitude e lembrar que somos perdoados por Deus, pela morte de Cristo e que podemos nos achegar com confiança à presença dEle

    domingo, 8 de agosto de 2010

    Temor de Deus e a mudança

    Normalmente esperamos que algo de errado aconteça para então tomar uma nova atitude e nos perguntamos porque demoramos tanto pra mudar. Eis alguns itens:

    1 - teimosia: insistimos nas verdades que tanto achamos que são verdades. O filho pródigo (Lc 15) não sossegou enquanto não recebeu sua herança para desfrutar a seu bel prazer. Teve de "quebrar a cabeça" para averiguar que a casa de seu pai era o melhor lugar para ele estar

    2 - disciplina: viver a vida cristã exige disciplina e obediência a princípios. Não é uma fé chata, que só nos consome sem um alvo, sem um propósito definido, mas é uma fé que dá rumos certos a uma vida que achávamos que estava certa, somente por obedecermos à nossa carne e fazermos aquilo que nos dava vontade. Em Hb 12 pode-se ter uma noção do que é a caminhada cristã

    3 - conforto na escuridão: por mais que estejamos errados, normalmente o que está errado também nos dá prazer. Quantas pessoas já ficaram bêbadas, fizeram tudo o que sempre queriam fazer, que as levava a um prazer momentâneo e depois se arrependeram? Assim é a escuridão, buscando sempre um lugar pra extravasar a impotência de ser totalmente livre (vide 1Jo 1)

    E para quem foi agraciado pela mudança antes da tragédia, com certeza teve temor da conseqüência para a qual caminhava e por isso mudou seus caminhos, sem se preocupar com que os outros iriam falar pois a vida dela era mais importante. Assim, não valeria então ouvir o que Deus tem a nos dizer? Será que esse temor não seria positivo?

    Ec 7,15-19:
    A minha vida tem sido uma ilusão, mas nela eu tenho visto de tudo. Há pessoas boas que morrem, e há pessoas más que continuam a viver a sua vida errada.
    Por isso, não seja bom demais, nem sábio demais; por que você iria se destruir?
    Mas também não seja mau demais, nem tolo demais; por que você iria morrer antes do tempo?
    Evite tanto uma coisa como a outra. Se você temer a Deus, terá sucesso em tudo.

    Pv 2,4-5
    Procure essas coisas, como se procurasse prata ou um tesouro escondido.
    Se você fizer isso, saberá o que quer dizer temer o SENHOR, e aprenderá a conhecê-lo.
    É o SENHOR quem dá sabedoria; a sabedoria e o entendimento vêm dele.

    Sl 111,10
    Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o SENHOR. Ele dá compreensão aos que obedecem aos seus mandamentos. Que o SENHOR seja louvado para sempre!

    quinta-feira, 22 de julho de 2010

    Sufoco: é hora de respirar

    Pressões fazem parte da vida de todos. Algumas vezes elas existem porque somos indecisos, perfeccionistas, em outros casos ocorre pelo fato de termos uma responsabilidade a cumprir.

    Para os adolescentes, a pressão é ainda maior, pois é um momento onde sua imagem exterior vale muito mais que o interior. É uma fase na qual o caráter não é valorizado, pelo contrário, recebem a atenção aqueles que demonstram não ter caráter, que são ousados e que fazem coisas que ninguém poderia fazer. O problema destas pressões é que elas vêm carregadas de teor emocional, o que normalmente nos leva a tomar decisões erradas e equivocadas, coisas das quais nos arrependeremos depois.

    Em Lc 8, Jesus fala da parábola do semeador e dos tipos de semente. No versículo 14, aborda o nosso dia-a-dia: "As sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem". Sim, todos têm preocupações mas temos a opção de não nos entregarmos a elas.

    Pode-se afirmar: "mas é impossível não me preocupar, eu tenho que resolver isso etc etc". O problema de fixarmos nossos olhos naquilo que é terreno é o afastamento de Deus que isso traz. Quanto mais nos enchemos de coisas deste mundo, pouco espaço daremos a Deus e depois estaremos frios, duros, andando em círculos sem saber por quê.

    Se isso condiz com sua condição atual, eis o que a Palavra fala em vários pontos: Persista, permaneça! Se nossas raízes não receberem o alimento de Deus, receberão o alimento do mundo, que não leva à vida (basta ver para onde o mundo está indo). Assim, quanto mais deixamos que as coisas do mundo nos dominem, menos conseguiremos andar na presença de Deus que nos dá paz. Jó 14, 7-9 diz: “Para uma árvore há esperança; se for cortada, brota de novo e torna a viver. Mesmo que as suas raízes envelheçam, e o seu toco morra na terra, basta um pouco de água, e ela brota, soltando galhos como uma planta nova."

    O fruto da persistência até demora, mas ele chega com grande sabor

    segunda-feira, 12 de julho de 2010

    Entulhos da alma

    Sempre que fazemos uma faxina em casa, jogando fora coisas velhas e agora inúteis, nos sentimos aliviados, pois temos a sensação de que conseguimos um novo espaço, uma nova maneira de organizar as coisas, de que nos livramos de coisas que se prendiam a nós desnecessariamente. Enfim, nos sentimos mais leves.

    Curiosamente, tal prática não é seguida no âmbito espiritual. Poucas vezes paramos pra analisar aquilo que estamos pensando, as atitudes que estamos tomando. Remexer em coisas mal-resolvidas do passado então, nem pensar! E assim vamos levando nossos problemas de auto-estima, perfeccionismo, frustrações, etc. Daí não sabemos porque nos sentimos cansados, condenados, desanimados.

    E para tudo isso, permitam-me dizer que tudo pode ter um novo começo se escolhermos o PONTO DE PARTIDA correto. Quando começamos nossas atitudes pautadas pela Palavra, sempre colheremos aquilo que Deus têm pra nós. Ele não escreveu a Bíblia para ser um estraga-prazeres, mas sim para ser nosso guia e nosso preventivo de nós mesmos. Como assim?

    Ora, todos já tomaram atitudes das quais se arrependeram, todos já pensaram que algo ia dar errado e deu certo, todos já se enganaram consigo mesmo. Isso quer dizer que de fato não sabemos lidar com nós mesmos, por isso precisamos de um guia. E o ponto de partida que quero abordar é tão simples como Fp 4, 8: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." (grifo meu).

    Eis a lista de pensamentos que deve permear nosso dia-a-dia. É disto que devemos nos encher e quando não estamos cheios disto, esse é o pedido que devemos fazer a Deus. A adolescência é uma fase na qual se manifesta bastante baixa auto-estima, perfeccionismo, necessidade de aprovação, condenação, frustração, comparação. Todos estes são padrões errados, diferente daquilo que Deus quer tanto para os adolescentes como para todas as suas belas e perfeitas criaturas. Em 1Co 4:7, somos exortados quanto ao nosso desejo de comparação: "Quem é que fez você superior aos outros? Por acaso não foi Deus quem lhe deu tudo o que você tem? Então por que é que você fica todo orgulhoso como se o que você tem não fosse dado por Deus?"

    Assim, você que se condena por seu jeito de ser, por aquilo que deseja ter e não tem, pela educação que seus pais lhe deram, pelos pecados que têm cometido, pelos alvos não alcançados, aonde você chegará com esse padrão de pensamento? Pensa que obterá vitória assim? Qual seu ponto de partida para a vitória que você tanto deseja? De fato, não se pode negar aquilo que nos faz sofrer e quanto mais tentamos nos livrar de algum pensamento que nos incomoda, mais ele tende a aumentar. Por isso, a solução de Deus para realizar a "faxina espiritual" é substituir pensamentos. Ou seja, ao invés de somente lamentarmos, murmuramos, enxergarmos somente coisas ruins e que não edificam, escolhemos focar naquilo que nos dá esperança, alegria, motivação.

    Na vida secular e na vida cristã, tudo exige disciplina, a começar pelos nossos pensamentos. Se nosso ponto de partida forem pensamentos corretos, teremos sensações corretas e atitudes corretas. Pecados, frustrações, tristezas são ingredientes para o trabalhar de Deus, que nos provê tudo e mais do que necessitamos. Permita, então, que Ele invada seu pensamento, para que você desfrute da plenitude que Ele tem guardada pra você

    domingo, 20 de junho de 2010

    O anúncio de boas novas

    Hoje gostaria de fazer um desabafo ao leitor. Como cristão, gostaria muito de poder explicar e convencer a todos da beleza que é andar com Deus, e principalmente servi-lo. Num mundo capitalista e que só busca o lucro, é até uma ofensa falar de servidão. Mas tenho certeza que muitos não pensaram sobre o caminho que suas vidas tomam. Muitos andam nas suas próprias forças e conhecimento, sem um guia: é como um cego guiando outro cego (Lc 6, 39). Mal pararam pra pensar porque vivem. Bem, eu tenho uma boa notícia: ela se chama Evangelho (que quer dizer "boas novas") e tais pessoas podem começar a repensar nas suas vidas através deste vídeo.

    Em seguida, quero afirmar categoricamente que por mais que eu tente anunciar e falar destas boas novas, isso será em vão se elas não estiverem abertas a mudarem de vida e a crerem na Palavra que lhes é pregada. Ninguém diz que algo é bom sem ter experimentado antes. Mas muitos dizem que o Evangelho é tolice sem ao menos tê-lo conhecido. Aliás, qualquer filosofia ou método que eu apresentar a alguém que não seja loucura só vai levá-la aos mesmos resultados que ela têm hoje. Como disse muito bem Ana Abrantes: "Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e querer resultados diferentes."

    Na última sexta-feira, dia 18 de junho de 2010, morreu José Saramago, que dizia que a religião embaçava sua visão e combatia com ardor o Cristianismo. C.S Lewis também era ateu, mas ao contrário de Saramago, se rendeu e converteu-se a Jesus, sendo posteriormente o autor da seguinte frase: "Eu creio no Cristianismo tal como creio que o sol nasceu. Não apenas porque o vejo, mas porque através dele eu vejo todas as outras coisas.". Agora, se compararmos a vida de quem segue a Deus com a de quem não segue, qual apresentará frutos mais coerentes e que levam a uma vida melhor? Será que vale a pena viver tudo o que se tem vontade, se muitas vezes somos levados a caminhos sem volta por causa de nossas vontades?

    Em Lc 6:19, fica explícito a razão porque muitos seguiam e seguem a Jesus: "E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude, e curava a todos." (grifo meu). O interesse por Jesus é na nova vida que Ele nos traz, com plenitude, com a cura de nossas feridas, com a anulação de nossas iniqüidades, jogadas no mar do esquecimento. Será que existe dinheiro que compra isso? Somos peregrinos e estrangeiros nesta terra e tudo passa. Já é dito em 1Jo 2:17: "E o mundo passa, com tudo aquilo que as pessoas cobiçam; porém aquele que faz a vontade de Deus vive para sempre."

    Para estas pessoas que questionam Deus, eu as questiono:
    - será estamos num mundo sem pai, sem guia?
    - será que tudo de bom e mau que acontece é ao acaso?
    - você realmente prefere acreditar que sua vida aqui não tem propósito e significado algum?
    - você realmente está contente com essa definição de mundo que você tem?

    Independente das respostas, não ousarei explicar Deus nem sua soberania, pois nem a Bíblia explica Deus, ela apenas diz que Deus é, conforme os versículos abaixo:

    Ex 3:14 Deus disse: "—EU SOU QUEM SOU. E disse ainda: —Você dirá o seguinte: “EU SOU me enviou a vocês."
    Jo 8:58: "—Eu afirmo a vocês que isto é verdade: antes de Abraão nascer, “EU SOU”! —respondeu Jesus."
    Jo 1:3: "Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela."
    Jo 1:4 "A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas."
    Jo 1:10: "A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu."
    Jo 1:18: "Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus."

    Mas como não posso deixar de anunciar uma boa nova (mesmo porque ela é boa), convido o leitor a deixar a desconfiança de lado achando que só mais uma história "bonitinha" e repensar sobre o rumo de sua vida:
    - será que está tudo bem com ela?
    - a sua vida é uma história tão "bonitinha" que não precise de nenhum conserto e/ou arrependimento?
    - consegue seguir em frente sozinho?
    - a fé produzida por esforço humano é suficiente?

    Boa reflexão

    sábado, 1 de maio de 2010

    Jesus e a administração do nosso tempo

    Vez ou outra, ouço alguém dizer: "ah, se eu tivesse a maturidade que tenho hoje quando eu era jovem". Muitos queriam ter evitado vários erros que cometeram ou tomar outros caminhos. Tendo o conhecimento que têm hoje, muitos vêem que perderam tempo. E de fato quando notamos que estamos no caminho errado, perdemos tempo. Mas será que há algum maneira de perder menos tempo numa vida de tantas surpresas?

    Tenho certeza que sim. Para viver a vida (sempre cheia de surpresas) com sabedoria, é importante ter amigos que dêem bons conselhos, tenham bons princípios, pois:

    Pv 11 : 14: Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança.
    1Cor 5, 33: "Não vos enganeis, as más conversações corrompem os bons costumes."

    Aquele que quer viver sozinho, sem receber conselhos, corre o sério risco de cair, além de ser dominado pelo orgulho:

    Ec 4:9: É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais.

    Hoje em dia, os adolescentes são os que menos querem receber conselho ou repreensão, pois sentem (por causa da atuação de seus hormônios) que podem tudo. Imagine quantos adolescentes se arrependem das decisões que tomaram nessa ebulição. Poucos entendem que regras e restrições existem para que não ultrapassemos certos limites e possamos viver a vida de forma plena.

    Novamente a influência de bons amigos na adolescência faz diferente. Curiosamente, o melhor amigo que temos não é sequer visível e audível (pois se fosse, seria tão falho como nós somos) e você sabe muito bem de quem estou falando.

    P.S: sugiro as pregações do Pr. Neil Barreto, entituladas de "A vida sem perdas de tempo", disponíveis em http://www.ibbetania.com/midias/mensagens-em-audio/

    quarta-feira, 7 de abril de 2010

    Pequena reflexão acerca das conversões

    Em 1Jo 3, temos uma boa referência do que é de fato uma verdadeira e uma falsa conversão ao Evangelho e, principalmente, de vida.

    A base de tudo está em 1Jo 3,6:
    "Assim, quem vive unido com Cristo não continua pecando. Porém quem continua pecando nunca o viu e nunca o conheceu.". Ou seja, não é possível nem coerente nem aceitável que alguém que fazia o que é condenável segundo as ordenanças de Deus continue fazendo as mesmas coisas depois que proclama sua conversão. Um exemplo bem claro pra mim são Carla Perez e seu marido Xandy. Já anunciaram várias vezes que se converteram mas ainda continuam com as mesmas práticas, esboçando sensualidade em suas danças, cantando músicas seculares de letra questionável, falando de coisas fúteis, etc. Isso sem falar nas pessoas de Gretchen e Monique Evans, que várias vezes declararam ser "evangélicas" mas nada de Cristo se vê na vida delas.

    Vejam a continuidade do capítulo, ela reflete alguns desses exemplos:
    1Jo 3,7: Meus filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Aquele que faz o que é correto é correto, assim como Cristo é correto.
    1Jo 3,8: Quem continua pecando pertence ao Diabo porque o Diabo peca desde a criação do mundo. E o Filho de Deus veio para isto: para destruir o que o Diabo tem feito.
    1Jo 3,9: Quem é filho de Deus não continua pecando, porque a vida que Deus dá permanece nessa pessoa. E ela não pode continuar pecando, porque Deus é o seu Pai.
    1Jo 3,10: A diferença clara que existe entre os filhos de Deus e os filhos do Diabo é esta: quem não faz o que é correto ou não ama o seu irmão não é filho de Deus.
    1Jo 3,12: Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou o próprio irmão. E por que o matou? Porque o que Caim fazia era mau, e o que o seu irmão fazia era bom.

    Corroborando o que é dito em Mt 22,38, a mensagem de 1Jo 3,11 reforça que primeiramente precisamos amar uns aos outros ("A mensagem que vocês ouviram desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros"). E antes que alguém pense que é fácil amar, continue lendo o capítulo e verifique o que diz 1Jo 3,18: "Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações.". Não basta somente falar de amor, pregar sobre amor se nossa vida não reflete nada disso e não se parece com Cristo. Por isso há muitos pregadores que cativam as ovelhas mas não cativam a própria família.

    Finalizo a reflexão lembrando que não posso pertencer a Deus, mesmo que eu diga que pertenço, se minha vida não reflete nenhum dos frutos do Espírito. Qualquer dúvida, leia 1Jo 3 novamente

    segunda-feira, 1 de março de 2010

    Pré-Lançamento de CD da banda Fixar

    Neste último sábado, ocorreu o pré-lançamento do CD "Quero te ver" da Banda Fixar. Gostaria de enaltecer o trabalho desses manos, há bastante qualidade resultante de esforço no trabalho deles. Inclusive há músicas disponíveis para serem apreciadas, tal qual é noticiado aqui.

    Houve cobertura fotográfica do Gospelfree (www.twitter.com/gf_gospelfree) e as fotos estarão publicadas em breve.

    domingo, 28 de fevereiro de 2010

    Um deus pessoal

    Dentre todas as diversas variações de crença e fé, encontro somente no Cristianismo um deus pessoal, preocupado com a criatura em si. Não é difícil encontrar pessoas que crêem num "ser superior" (o qual de fato Deus é) mas que sentem esse deus muito distante delas. Para elas, é até aceitável e coerente que Deus tenha criado o mundo e que o controle, mas daí a ser um deus pessoal, o ceticismo delas vence.

    Muitos têm medo da Bíblia e apenas a rotulam como um livro de regras, que diz o que podemos ou não podemos fazer. Estes que pensam assim pouco pararam para analisar o que as Escrituras realmente são e querem mostrar. Gosto muito da definição do Pr. Marcos Ramos, da PIB Joinville, que afirma que o Evangelho é uma proposta de vida para todos. Ou seja, você pode optar em confiar em seu próprio conhecimento (e nunca temos o conhecimento suficiente) ou pode optar em confiar no "manual da criatura", que já nos orienta em todas as situações da vida. Optando pela primeira escolha, provavelmente entramos num caminho largo e desconhecido (e sem regras). Já a segunda escolha nos leva a um caminho estreito, mas com as devidas orientações (por causa das regras).

    No livro "O Deus (in)visível", Philip Yancey cita na página 58: "Deus está em todo lugar, ainda que seja invisível, silencioso ,aparentemente ausente e indiferente. Alguns intelectuais podem cultuar esse Deus ausente, mas a maioria dos cristãos prefere Jesus, a imagem de Deus como pai amoroso. Não precisamos apenas de um relojoeiro que dê corda no Universo e o deixe seguir seu curso. Precisamos de amor, misericórdia, perdão e graça, qualidades que apenas um deus pessoal pode oferecer". A Bíblia inclusive nem tenta provar Deus, ela apenas parte do pressuposto que Ele existe. Veja que em 1Tm 1,17, Deus já é tratado como invisível: "Ao Rei eterno, imortal e invisível, o único Deus—a ele sejam dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém!".

    Finalizo meu post com o testemunho de Saulo, que perseguia os cristãos quando não conhecia a Palavra e a fé era loucura pra ele, mas o arrependimento o transformou em Paulo, aquele que levava a Palavra.

    1Tm 1,13: Ele fez isso apesar de eu ter dito blasfêmias contra ele no passado e de o ter perseguido e insultado. Mas Deus teve misericórdia de mim, pois eu não tinha fé e por isso não sabia o que estava fazendo.
    At 8,3: Porém Saulo se esforçava para acabar com a igreja. Ele ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os jogava na cadeia.
    At 9,4: Ele caiu no chão e ouviu uma voz que dizia: —Saulo, Saulo, por que você me persegue?
    At 9,5: —Quem é o senhor? —perguntou ele. A voz respondeu: —Eu sou Jesus, aquele que você persegue.

    "Como me deste um arrependimento do qual não me arrependo, dá-me, ó Senhor, um temor que eu não precise temer" (John Donne, Devotions, pg 41)

    domingo, 7 de fevereiro de 2010

    Lost: a realidade alternativa

    Sou grande fã do seriado Lost e não escondo isso de ninguém. Porém hoje gostaria de abordar a atitude dos personagens e sua insistência em voltar pra ilha mesmo depois de terem conseguido a tão sonhada liberdade após o resgate.

    Tal qual o filme Avatar, Lost também aborda a possibilidade de uma realidade alternativa, na qual podemos ser aquilo que queremos, podemos ser invencíveis, onde nossos medos e falhas não nos perseguem. A Palavra de Deus vem exatamente de encontro a tudo isso. Ela nos confronta com tudo aquilo que insistimos em carregar mesmo que isso nos mutile e faça mal. Muitos ainda preferem carregar o fardo do que renovar sua mente e viver livremente.

    Em Lost, os sobreviventes lutam muito para serem resgatados mas quando voltam ao mundo real, trazem consigo o fardo da mentira por causa de situações mal-resolvidas na ilha e por coisas que desejam esconder sobre suas vidas reais. Resultado: a vida deles no mundo real fica insustentável e ao final da terceira temporada, Jack emite um sonoro "We have to go back". Na ilha, ninguém os conhecia, seus erros eram camuflados, o passado não os perseguia (porque todos pensavam que estavam mortos).

    Enfim, era uma maneira de as pessoas recomeçarem suas vidas sem necessariamente resolver o que estava errado ou arrepender-se do que era necessário. Tanto que os erros que eles cometiam no mundo real também cometiam na ilha e sempre buscavam um motivo para brigar entre si. Em suma, é o pecado e egoísmo dominando as pessoas.

    Jesus nos chama sempre à realidade, que por mais difícil que seja, Ele assim o permite e Ele dá o escape para enfrentarmos e sairmos dela. Tem dúvida? Leia a Palavra de Deus e pratique. Daí sim você será uma nova pessoa e nunca mais vai querer buscar uma ilha ou um mundo virtual

    O carnaval de Jesus

    Carnaval é uma época em as pessoas se sentem com carta branca para fazerem e serem o que quiserem, uma época em que tudo é permitido, um período onde não há regras. Nos desfiles das escolas, a regra é justamente não ter regras, desfilar com o mínimo de roupa possível, distorcendo os conceitos de sexualidade.

    Nem precisamos esperar acabar esse período para sabermos que após toda essa euforia, as conseqüências chegarão. Filhos indesejados, acidentes de trânsito por causa da embriaguez, atitudes inpensadas por causa do excesso de álcool, traições, crianças iniciando sua sexualidade precocemente, garotas com vários parceiros e achando tudo isso "normal", entre outros males.

    Com tudo isso, como podemos chamar isso de festa? Em Mt 7,16, Jesus diz que conheceremos uma árvore pelo tipo de fruto que ela dá e com tudo o que foi listado acima, não vejo nada de produtivo ao ser humano no Carnaval. Sei que sempre haverá aquele que quer justificar seu gosto pelo Carnaval mas para esta pessoa a Bíblia já responde tudo em Pv 14,12: "Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte."

    Ah, e o Carnaval de Jesus (que é o título da mensagem)? Tal festa está devidamente descrita em Lc 15, 7: "Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.". Minha mensagem neste Carnaval é que o leitor encontre sua alegria em Cristo, pois Ele nos proporciona a alegria completa.


    quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

    Novos sofrimentos, novas portas

    Há um grande engano na associação de que a vida com Deus é o que precisamos para viver sem problemas. De fato, isso não é verdade, porque é fato que muitos que seguem a Deus continuam sofrendo o mesmo, ou mais, do que quando não seguiam.

    Faço questão de deixar isto claro para que todos possam compreender que o amor de Deus contempla sofrimentos, que são sempre usados para o nosso bem e para um propósito definido (Rm 8, 28). É importante que vivamos a verdade que a Bíblia mostra, sob pena de carregarmos uma frustração inexistente em Deus.

    Na maioria das vezes que se fala de provação na bíblia, fala-se em "quando" e não "se". Ou seja, passaremos sim por problemas e provaçãoes, não há como evitar. Porém Deus não muda (Hb 13, 8) tampouco Sua promessa. Vejamos o que diz em 1Pe 4:19: "Por isso os que sofrem porque esta é a vontade de Deus para eles devem, por meio das suas boas ações, entregar-se completamente aos cuidados do Criador, que sempre cumpre as suas promessas". Muitos pensam que Deus prefere que ajudemos a igreja com dinheiro nas suas necessidades do que contribuamos com ela através de nossos dons e talentos (Vide 1Pe 4, 10).

    Mas na verdade, Deus quer muito mais a entrega do nosso ser e o nosso coração. O foco dEle não é que sejamos ricos, de forma alguma! O foco dele é que nos tornemos parecidos com Deus (Fp 1, 6; 2Co 3, 18). E tal como Jesus sofreu, não é de se estranhar que também soframos e tudo isso nos fazer conhecer mais SOBRE Deus do que conhecer DE Deus. Em 2Co 4:13, vemos a convicção de quem tinha experiência com Deus e por isso afirmou isso com tal segurança ("As Escrituras Sagradas dizem: “Eu cri e por isso falei. 'Pois assim nós, que temos a mesma fé em Deus, também falamos porque cremos'").

    E qual a esperança para todo aquele que sofre? Ter em Deus o seu porto seguro, sabendo que Ele sempre abre novas portas para continuarmos nossa vida (Pv 24:16: "A pessoa honesta pode cair muitas vezes, que sempre se levanta de novo. Mas a desgraça acaba com os maus").