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    sexta-feira, 29 de outubro de 2010

    Regras, liberdade e o pecado

    Muito se questionam os limites e regras comentados no meio cristão. Diz-se que eles limitam a vida das pessoas, que causam repressão, que querem controlar a vida dos outros. Tirando o fato de que qualquer benefício pode ser usado para o mal, creio que poucas pessoas pensam no rumo de suas vidas e se deixam engolir pelo dia-a-dia, vivendo conforme as situações as levam. Muitos pensam que o pecado tira a nossa liberdade (não se pode fazer isso, aquilo, etc), já eu vejo, pela Palavra, que o pecado nos dá a liberdade...de escolher fazer a coisa certa

    Por isso mesmo é importante ter referências e limites, sem os quais andamos em círculos na vida. Um bom exemplo é o trânsito. Tal qual a vida cristã, o trânsito tem regras e muitos acham que elas devem ser respeitadas, pois sabem que há um propósito por trás de cada regra. Por que então seria diferente com a vida cristã? Entretanto, o peso do julgamento é outro.

    Também acho exagerado falar em repressão, pois existem várias coisas que sabemos que não devemos fazer, embora exista a vontade de fazer somente para deixar "vazar" a raiva. Por que é diferente na vida cristã?

    Como se vê, limites e regras existem em todo o lugar, mas creio que o importante seja conhecer o porquê e o propósito. É isso que motiva as pessoas a terem disciplina. Com o conhecimento, vem a obediência. Além disso, Deus não nos criaria sem propósito, certo? Muitos acham que Ele nos abandonou neste mundo por causa das dificuldades mas as dificuldades são justamente o megafone de Deus para o ser humano, para que ele deixe de viver pra si mesmo.


    segunda-feira, 18 de outubro de 2010

    O problema do conhecimento

    No momento atual, com a internet, não é mais tão difícil obter conhecimento. Entretanto, conforme afirmado em Lc 12, 48 "Assim será pedido muito de quem recebe muito; e, daquele a quem muito é dado, muito mais será pedido". O excesso de conhecimento traz distração e indecisão, mas a falta de conhecimento nos põe em risco de ser enganado perante a situações e pessoas. Desta forma, o equilíbrio e a sabedoria de Deus são os requisitos que precisamos para dosar a influência do conhecimento nas nossas atitudes.

    O Evangelho por si só já traz um grande conhecimento: o da natureza pecaminosa humana. E a partir disso a decisão do homem pode ser tanto rejeitar o Evangelho como aceitar viver conforme ele propõe e obter a vida abundante que ele promete. E ainda há a classe daqueles que conheceram a Palavra, desfrutaram dela e a rejeitaram. Tais pessoas têm o conhecimento, sabem das conseqüências e ainda assim, não conseguem tomar a atitude que esperam de si mesmas (2Pe 2,20).

    O Espírito Santo que habita em cada nova criatura também nos traz conhecimento: o do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16,8) e esse conhecimento também requer uma atitude (1Jo 3, 18). Porém, o cristão sempre está em processo de santificação, tentando largar os velhos hábitos e dar lugar àquilo que Cristo ensina para nossa vida e nem sempre estamos decididos a mudar aquilo que precisa ser mudado. Nem por isso Deus nos ama menos, mas por isso mesmo Ele nos ama, para corrigir (Hb 12, 5)

    A soberba é outra problema do conhecimento. Por vezes, nos consideramos bons demais perante aqueles que não têm o mesmo entendimento e começamos a segregar ao invés de aproximar. Com toda certeza não é isso que Deus planejou para suas criaturas e este tipo de atitude só nos leva para longe dele (imagine se todos agissem assim), tal qual Pv 8, 13. Quanto mais conhecimento se adquire, é possível que passemos a não concordar com coisas que antes eram indiferentes para nós, mas o problema disso é quando a intolerância se une com a soberba. Devemos ser sim intolerantes e bereanos (At 17, 11) com preceitos que são contrários à Palavra, mas a diferença é como reagiremos a isso. Além disso, é importante classificar aquilo que não é importante para que o essencial não se perca por causa do detalhe do conhecimento adquirido (Ec 1,18: "Quanto mais sábia é uma pessoa, mais aborrecimentos ela tem; e, quanto mais sabe, mais sofre").

    Creio que a resposta para o conhecimento que temos já foi elucidada no texto. E tal resposta está na Palavra. Cada situação demonstrada acima possuía uma referência no nosso manual de vida, a Bíblia e este conhecimento não tem preço


    terça-feira, 5 de outubro de 2010

    Pensando demais no "eu"

    Hoje em dia não é raro que as pessoas julguem a igreja como uma instituição que quer mandar no pensamento alheio, que não quer que as pessoas pensem por si próprias, que ela só serve para ditar regras à vida das pessoas. Poucos consideram a igreja como a instituição de Deus aqui na Terra (e esse é o papel que ela deve exercer).

    Não vou aqui questionar as razões de as pessoas tirarem estas conclusões, mas não vou abrir mão do propósito de Deus para a igreja e para a vida de todos. O ser humano tende a pensar demais em si mesmo, em querer sempre tomar as decisões por si mesmo, sem depender de ninguém. Porém, ele não percebe que isso não é possível e continua tentando "dar murro em ponta de faca". A Bíblia fala que "Sem conselhos os planos fracassam, mas com muitos conselheiros há sucesso" (Pv 15:22)

    Deus dá chance a todos (1Tm 2:4 Ele quer que todos sejam salvos e venham a conhecer a verdade) e Ele com certeza prefere que escolhamos a vontade dEle, pois ela é superior à nossa. Sim, pensamos que sabemos conduzir nossa vida, mas não sabemos. Veja o que diz Lc 9, 24-25: "Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser destruído?".

    Precisamos entender que a palavra final sobre a nossa vida não depende de nós, mas ainda assim Deus nos permite várias escolhas, cujo limite são a sua vontade soberana. Somente quando negamos nossa própria vida podemos desfrutar daquilo que seria o plano de Deus para nós. Sim, é necessário experimentar para depois dizer o que é a vida que eu vivo e a vida que Deus quer que eu viva. Negamos nossa vida para viver algo melhor, com a plenitude de Deus. Só assim poderemos dizer tal qual Paulo em Gal 2:20: "Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim."

    Por fim, saibamos que não temos luz própria, que nossos talentos advêm de um Criador e não do acaso. Afinal, se o mundo reside no acaso, pra que fomos criados com tantos talentos e características distintas?